Olá querido leitor. Esse é mais um relato da nossas experiências como Aluno VIP, do Curso Cuidador da Psique. A Facilitadora foi a aluna Sherill, que atua como Cuidadora da Psique em Minas Gerais.
E hoje tem uma história com muitas fases do desenvolvimento, muito impactante: A Donzela sem Mãos, do livro Mulheres que Correm com os Lobos.
Com essa leitura você terá a possibilidade de tocar em uma dor sua, em algo que certamente “tiraram de mim, mas eu recuperei”. E também você profissional pode reproduzir essa técnica com seus pacientes.
Materiais para o Conto:
Papel A4
Papel canson gramatura 185. Na cor bege ou clarinho
Tintas guache pra quem gosta de pintar
Lápis de cor
Canetinha
Argila ou massa de modelar ou biscuit nancor que desejar.
Um paninho ou retalho, para guardar as modelagens
Caneta prateada opcional para escrever as palavras
Fases
Fase 1: Respiração
Inicie respirando e sentindo o seu estado atual, buscando se acalmar e inspirando paz a tranquilidade e expirando o ar velho em seus pulmões.
Assim como o título do conto nos induz a sentir que houve uma perda, A Donzela sem Mãos, nós vamos trabalhar uma vertente dos possíveis sentidos profundos do conto, que para nós foi “tiraram de mim, mas eu recuperei”.
Fase 2: Ler o conto
Caso você seja um terapeuta, nesse momento da contação de histórias fica muito interessante teatralizar o conto com alguns objetos na caixa de areia ou no teatro de mesa, ou até mesmo com mímicas, fantoches, teatro.
O conto é longo, então você pode lê-lo de uma vez, e depois retomar a leitura em partes. As partes serão escritas a seguir.
Fase 3: Escrita das 5 palavras mais impactantes.
Tendo lido o conto inteiro, repita a leitura de forma mais atenta desta vez. Leia até a parte em que o a Donzela começa a vaguear sozinha.
Pegue uma folha de sulfite, coloque uma de suas mãos sobre ela e com um lápis ou canetinha faça o contorno da mão com os dedos abertos.
Agora recorte o contorno da mão.
Reflita sobre as partes que mais te tocaram no conto e escreva uma palavra significante em cada dedo.
Sinta o machado! Pare de chorar!
Recorte com os dedos ou corte cada dedo do papel, dobre e sorteie 1 dedo.
Como veem, está é exatamente a ação do “Tiraram de mim”, mas tenha esperança pois “eu recuperei”.
Fase 4: Modelagem com Argila
Termine de refazer a leitura por completo, de modo bem atento! Pois afinal, essa segunda parte mostra toda a trajetória de nossa alma até que ela seja recuperada.
A palavra com o dedo sorteado deve ser materializada em algum formato na argila. Como por exemplo como se fosse as mãos novas, etc.
Fase 5: Fechamento e orientações
Fica para tarefa de casa: guarde essa obra de hoje envolto à uma paninho úmido e coloque dentro de uma sacola de plástico.
Nos próximos dias sorteie mais 1 papel ao dia e remodele essa argila, até que todos os dedos sejam representados. Fique como a última obra em um local visível, assim você sempre se lembrará desse experiência de “Tiraram de mim, mas eu recuperei”.
Reflexões
Sobre os pais da Donzela e nós no dia a dia
Com esse conto devemos ficar atentos no nosso dia a dia para não sermos como os pais da Donzela: “não tenho nada”, “que mal tem perder a macieira?”, ou seja, não dar valor ao que tem, ou até mesmo não prestar atenção e devida reponsabilidade de que sua atual situação de vida é sua responsabilidade.
Além de não se deixar “titubear” por promessas fáceis. Acorda minha gente, ninguém fica rico de uma hora para outra com seu trabalho diário, ninguém é feliz o tempo todo… tudo isso é uma construção da sua obra de arte da vida.
No caso desses pais, e de nós mesmos, podemos perceber que até queremos acreditar que “Tiraram de mim”, mas na verdade fazemos muitas escolhas não calculadas ou planejadas, apenas por impulso, e isso pode nos tirar grande coisas.
Então quem tirou? Alguém mal com más intenções?
Não, foi você mesmo que provocou seu mal, tenso mal consigo e tendo más intenções com as propostas que o mundo te oferece.
O que mais você tira de aprendizado pessoal sobre os pais da Donzela? Comente aqui neste post.
Significado das nossas mãos e dedos
A Mão Direita representa nosso feminino… ou alguma mulher da nossa vida. Já a Mão Esquerda o Masculino.
O Dedo Polegar indica que suas preocupações intelectuais estão necessitando de organização, pois estão causando confusões com os outros e com vc mesmo;
Dica: Relaxe. Seu ideal profissional pode ser conciliado com sua vida pessoal, não afaste um do outro, você é um só e merece viver esses dois mundos.
O Dedo Indicador: Esse dedo ferido significa que você está acusando, consciente ou inconscientemente alguém que lhe causou algum dano.
O Dedo Médio: Problemas com sua sexualidade; insatisfação, repúdio, raiva, mágoa. Pode ser tanto em relação a você quanto ao parceiro
O Dedo Anular: Quando ferido: mostra que seu desejo de união perfeita com o cônjuge está abalado. Ou seja, suas expectativas de futuro com alguém estão negativas ou perturbadas.
O Dedo Mindinho ou mínimo: Representa a família e tudo que gira em torno dela.
Então entenda: Se o coração da pessoa está amargurado; pressionado por problemas familiares; se suas pretensões relacionadas a família estão sendo invalidadas; se você tem medo de construir família e por alguma razão pretende ficar só, saiba que seu dedo mínimo sofrerá com esses conflitos por medos!
Significado das palavras que você escolheu
São muitos os símbolos desse conto, e provavelmente cada palavra que você escolheu tem uma carga afetiva, conhecida ou desconhecida por você.
Muitas perguntas foram feitas sobre o significado dos cabelos, da macieira, das mãos, do diabo, da floresta, etc.
Como esse conto tem muitos símbolos, é bom deixar emergir do grupo os símbolos que mais chamam a atenção no momento da oficina, e pesquisar nas referencias que vou deixar aqui
Referências
Linguagem do Corpo: aprenda a ouvi-lo para uma vida saudável. Editora Mercuryo.
Linguagem do corpo 2: saúde e beleza. Editora Mercuryo.
