A Facilitadora Laura Galbero Matta, Terapêuta Ocupacional, Cuidadora s Psique trouxe hoje o Conto de Clarissa Pinkola Estés: As arvores ressecadas, que esta inserido no capítilo 10 do livro: Mulheres que Correm com Lobos.
O foco central da autora neste capítulo, nos remete a reflexões a respeito dos limites da raiva e do perdão, trazendo a revelação de quanto os sentimento de raiva é adequado e podemos dizer necessário para nos transformar, potencializar atitudes de reparação, ter o controle da própria vida… assim liberar na hora certa a raiva é sim, um sentimento como todos os outros saudável para nossa psique.
LEITURA DO CONTO : “AS ARVORES RESSECADAS”
Iniciar com a leitura do conto usando o tom da voz como recurso para chamar a atenção do ouvinte, faze-los mergulhar na fantasia e lá criam cenários, personagens, enfim envolver-se com o conto. Portanto, fatores como o olhar, a entonação de voz, o tempo da contação é o primeiro passo que o facilitador deverá estar atento.
PARTILHA
Após ouvir o que o conto, questionar o que as suscitou… e assim muitas idéias e percepções surgiram, como:
“ com certeza este conto não é uma história de assassinato”
“ valeu a pena ele se isolar, viver em situações precárias, porque aprendeu com pouco oferecer vida aos viajantes e não mais sentia raiva”
“ o importante neste conto é identificarmos que ele reconheceu o males do excesso de raiva e buscou orientação”
Esse momento de partilha nos grupos terapêuticos é no meu ponto de vista, o mais rico no processo, porque ao ouvir o outro, nos damos conta de muitas coisas que individualmente talvez passasse despercebida.
A raiva muitas vezes não permiti que reconheçamos a verdade, por isso ter alguém que nos desperte é muito bom neste processo terapêutico.
Lembrar que todos os personagens do conto somos nós mesmos. Temos um sábio interno que nos orienta, a morte é simbólica representando o controle da raiva e o rei é o resultado positivo, isto é quando tivermos domínio deste sentimento, assim podendo coordenar a própria vida.
OFICINA 1: RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
“Convidar a raiva para sentar e conversar com ela através de desenhos livres, de preferencia a primeira imagem que vier na mente, deixando-se bem soltos nas interferências a serem feitas, com traços e formas livres.”
Organizar o material a ser usado. 3 folhas de papel vegetal a4 divididas a meio, 1 folha de sulfite também dividida ao meio, 1 lápis preto.
1º Passo:
Numere uma parte da sulfite com o número 1, a outra parte da sulfite servirá somente pra apoio das vegetais. Na sequencia numerar de 2 a 7 as seis partes de papel vegetal.
É importante explicar como será feita a atividade e depois não mais poderá ter questionamentos, o silencio neste processo é importante. Pode-se colocar uma música instrumental se quiser durante a produção dos desenhos.
2º Passo:
O primeiro desenho deve ser iniciado após a pergunta do facilitador: O que me deixa com raiva ¿ como se sinto quando estou com raiva¿
3º Passo:
Na sequencia das folhas numeradas sempre colocará o papel vegetal sobre o ultimo desenho e fará as modificações nos mesmo. Podendo acrescentar ou tirar ou até mesmo alterar o desenho anterior.
Esta atividade proporciona literalmente a manifestação da raiva, neste processo que pode ser usado todas as 7 folhas ou se necessário acrescentar mais ou pode ser USADA MENOS como eu fiz (usei 5) conforme a necessidade, também… o importante é analisar os símbolos que irão aparecer.
Vou trazer o meu processo nesta atividade como estudo de caso.

1º FOLHA SULFITE( nº 1): olhos saltados de raiva, voz alta, impulsiva, nó na garganta, má digestão
2º PRIMEIRA FOLHA VEGETAL( nº 2): mudei alguns traços como o nariz empinado, olhar mais sereno, boca sem palavras, segurando o folego. Percebi que não estava transparecendo a raiva, usando uma máscara.
3º SEGUNDA FOLHA VEGETAL(nº3): Modifique o formato da face, representei pensamentos confusos, sendo então hora de pensar e refletir.
4º Terceira folha vegetal( nº4): uma montanha sendo escalada, representando muitas dificuldades e superações envolvidas no caminho.
5º QUARTA FOLHA VEGETAL: ( Nº5) : Já no pico da montanha respirando melhor, sentindo alívio e alegria.
OFICINA 2: ELEMENTO MADEIRA segundo a medicina tradicional chinesa
A madeira é o cerne das árvores, representa a semente que germinou e cresceu, como as fases da evolução da vida: nascimento, crescimento, envelhecimento, morte e transformação. Contudo, o ciclo da árvore não é apenas o da semente que germina a árvore que morre; existe ainda um outro ciclo, o das estações, ela é símbolo da sabedoria da natureza que acompanha as mudanças.
Quando o fígado não vai bem produz sentimentos de raiva, estresse, inquietude, sentimento de injustiça, depressão, intolerância a frustrações, inflexibilidade, vontade de brigar e irritação extrema. Os indivíduos predominantemente do elemento madeira, sofrem frequentes problemas articulares e nos tendões, estruturas sob o controle dos meridianos do fígado e vesícula-biliar que nutrem os tendões e músculos. O fígado (Gan) tem a função armazenar o Sangue (Xue), manter o livre fluxo de Qi, controlar os tendões, manifestar-se nas unhas, abrir-se nos olhos, abriga alma etérea (Hun), sua emoção é a raiva.
Pensando em tudo isso proporcionar o individuo a entrar em contato com esse material é riquíssimo, a madeira usada de forma artística poderá ser usada como um objeto com durabilidade, resistência e vida.
Cumprindo seu papel de nos alertar, podemos colocar a plaquinha em algum lugar que sempre temos contato, para nos remeter a lembrança deste processo de controle e adequação da Raiva.
Será preciso para confeccionar a Plaquinha : 12 Palitos de sorvete, caneta permanente e um pedaço de barbante, cola.
Unir os palitos no formato desejado e colar, fazer uma escrita criativa com palavras ou frases que remetam como lidar com a raiva de maneira saudável.
Algumas produções das colegas!!!



COM AMOR, LAURA GALBERO MATTA
TERAPEUTA OCUPACIONAL, CUIDADORA DA PSIQUE
GRATIDÃO!!!