Linda história de Sororidade: grupo terapêutico feminino
Reflexiva sobre o desamparo, e ainda questionando: Por que da ocorrência de dois sonhos para cada participante? Isso não é acaso.
Planejei uma sessão de espelho, para ver as duas partes, o Eu e a minha imagem. Duas!
Para tanto não usei espelho, mas sim o AURORRETRATO. Para essa atividade foi necessário: uma longa folha de papel pardo, ou papel craft, do tamanho de cada participante; giz de cera; tinta guache e pincel, fita adesiva. E em seu enredo foram sete fases de desenvolvimento até ativar o diálogo com as duas partes.
Fase 1: Pedi que se deitassem no meu tapete, e fiz um relaxamento dos pés à cabeça. E em imaginação guiada induzi que se visem em um jardim. Nesse local havia um espelho, e nele podiam se ver.
Fase 2: Foi “pregada” a folha na parede de modo vertical. Pedi para que cada uma se aproximasse do papel e se imaginasse refletida ali, como se fosse um espelho.
Fase 3: Usando giz de cera cada uma faria seu formato, o desenho do seu corpo, assim como se vê.
Fase 4: Após o primeiro diálogo com seu contorno, foi solicitado que uma colega a ajudasse a percorrer seus contornos. Então uma ficou de costas para o papel e a outra ia riscando o contorno.
Fase 5: Esse foi o momento de confrontação do Eu e Eu mesma. Será que o que eu imagino “realmente é?”. Quais emoções reverberam desse encontro?
Fase 6: Chegou o momento de união, então com tinta poder-se-ia pintar a autoimagem atualizada. Colocar roupas, colorir.
Fase 7: Pelas falas pôde-se perceber certos incômodos com a autoimagem e autopercepção, havendo um julgamento negativo sobre si mesmo. Leia:
Relato 1: Gosto de deixar meu rosto evidente e esconder o corpo, deixa-lo invisível. Gosto da minha boca, mas ela não coopera comigo, e os olhos são marcados porque sou muito observadora.
Relato 2: No relaxamento senti sensação de aterramento eu visualizava galhos, tirei tudo do coração. E percebi que ai mais para a cabeça do que para as mãos. Penso muito e faço pouco! O que eu quero, o que eu imagino são diferentes do que eu faço. Nessa semana isso me fez pensar, me deixou angustiada e não consegui escolher.
Relato 3: Estou mais aberta ao grupo, o que antes talvez não tanto, pois estava com muita coisa na cabeça.
Percebe-se que a sensação de abandono provocado pela ação de outra pessoa não foi tema, mas sim poderíamos pensar em nosso próprio abandona, julgamento, racionalização.
No trabalho da autoimagem há de se ter resiliência com as possibilidades da vida, e também é sempre um confronto com nossas decisões em relação a ela.
Se comemos demais a boca se torna inimiga; se não vamos a ação o pensamento se torna inimigo. Sempre temos um “dragão” pessoal a vencer.
Saiba que isso faz parte da vida, e entenda que não se mata um dragão. Não! Jamais, sabe porquê?
O dragão faz parte de nossa Psique, ele está no mundo das SOMBRAS, do inconsciente, e quer vir à consciência. Mas nossa consciência é limitada, então somente de pouco em pouco conseguimos resgatar pedações dessa sombra e traze-la à luz.
Então estamos sempre a re-conhecer aspectos que são nossos, mas que ainda não estão à luz da consciência.
Esse foi uma atividade que nos faz confrontar a sombra novamente, a sombra que se revela a partir da autoimagem.
Bora trabalhar sua sombra? Sim, você precisa de um Guia. Agende seu horário comigo.